• Itaipulândia, 29/04/2025
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VBP bilionário do tabaco irradia riqueza a 28 mil famílias no Paraná

Setor movimentou quase R$ 2,5 bilhões em 2023, em apenas 72,3 mil hectares. Sistema FAEP apoia projeto de lei que muda regras de classificação em benefício dos produtores

Sistema FAEP
VBP bilionário do tabaco irradia riqueza a 28 mil famílias no Paraná

A cadeia produtiva do tabaco injeta quase R$ 2,5 bilhões na economia paranaense a cada safra. São cerca de 28 mil famílias que, em apenas 72,3 mil hectares, têm na atividade o seu sustento, gerando renda e emprego. Diante da relevância da atividade, do número de pessoas impactadas e o resultado econômico, o Sistema FAEP mobilizou 700 produtores para participar da audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no dia 15 de abril, em apoio a um Projeto de Lei (PL) que aprimora as regras da classificação do produto.

"Os produtores de tabaco têm uma relevância histórica para o Paraná e podem contar com o Sistema FAEP como um aliado na representação de seus interesses. Trata-se de um negócio bilionário que garante o sustento a milhares de famílias, que precisam de melhorias em suas condições de vida, sempre com diálogo entre os elos da cadeia produtiva", diz Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.

A geração de receita em áreas menores, características da fumicultura, é um fator que chama a atenção. Na safra 2022/23, a soja, principal produto do agro paranaense, gerou cerca de R$ 8,5 mil por hectare em Valor Bruto de Produção (VBP). Já o fumo totalizou R$ 35,6 mil por hectare em VBP na mesma temporada. “A fumicultura paranaense é a terceira maior do Brasil e hoje ocupa um papel crucial no sustento de milhares de agricultores familiares”, aponta Bruno Vizioli, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.

A cultura do tabaco no Paraná abrange 120 municípios, concentrados na faixa do Sul. O polo produtivo está reunido, sobretudo, na região de Irati. Porém também há cultivo, de forma mais pulverizada, nas regiões Sudoeste, Oeste, Centro-Sul, Norte, Noroeste e até na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Trata-se de uma atividade essencialmente familiar, com papel importante na fixação de novas gerações nas áreas rurais”, completa Vizioli.

Exportações

O Paraná é o terceiro maior produtor de fumo do país e, junto com Rio Grande do Sul e Santa Catarina, forma um polo produtivo referência no mundo. Os três Estados da região Sul são responsáveis por 97% da produção nacional, envolvendo aproximadamente 162 mil famílias e 320 mil hectares cultivados.

O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco do planeta, vendendo seus produtos a mais de 100 países. “Respondemos anualmente por uma faixa entre 20% a 30% de todas as exportações do mundo, que se refletem em torno de 3 bilhões de dólares em divisas para o Brasil, que contribuem para nossa balança comercial”, aponta Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco).

Audiência pública sobre classificação

Considerando a relevância da cadeia produtiva, o Paraná debate a mudança nas regras da classificação do tabaco. Para contribuir com esse processo, o Sistema FAEP mobilizou 700 fumicultores das principais regiões produtivas do Estado para a audiência pública sobre o PL 119/2023, no dia 15 de abril, na Alep, em apoio à obrigatoriedade de a agroindústria fazer a classificação da matéria-prima na propriedade rural na hora da aquisição do produto.

Atualmente, a comercialização do tabaco segue um sistema de classificação estabelecido pelo Mapa, por meio de Instrução Normativa, com a finalidade de determinar o preço pago aos produtores. No entanto, a centralização da classificação em poucas unidades favorece as empresas compradoras, deixando os fumicultores distantes do processo e enfrentando dificuldades para acompanhar a análise da sua produção.

“Esse projeto de lei vai contribuir para os nossos produtores de tabaco, pois corrige uma distorção histórica e garante que o fumicultor acompanhe e até conteste a classificação do seu tabaco”, aponta Meneguette, que defende aprovação do PL em plenário para fortalecer a atividade dentro da porteira, com mais autonomia.

Vários deputados estaduais que participaram da audiência pública reconhecem a importância da cadeia produtiva do tabaco no Paraná e defendem um debate técnico até a submissão da proposta à votação. “A Alep preza pelo diálogo e vamos dar a oportunidade do debate não político, mas técnico”, ressalta o deputado e presidente da Alep, Alexandre Curi. “O Paraná vai construir a melhor legislação para defender os produtores de tabaco e garantir o desenvolvimento do setor”, destaca a deputada e segunda secretária da Alep, Maria Victória. “É nossa missão valorizar todos os atores envolvidos, os nossos fumicultores e a indústria fumageira. Mas temos que valorizar o elo mais fraco, que é o dos fumicultores”, completa o deputado e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Alep, Anibelli Neto.

Orientação sobre classificação

O Sistema FAEP contribuiu para a elaboração e divulgação de um folder e um vídeo sobre a preparação do produto para a comercialização. A iniciativa é coordenada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco). O objetivo é divulgar o que preconiza a Instrução Normativa (IN) 10/2007, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estabelece os critérios para classificação e preparação do tabaco para a comercialização.

O material está disponível no site do Sistema FAEP.

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