Deputado italiano fala sobre o decreto que restringe a concessão de cidadania italiana
Grande Expediente na Assembleia tratou sobre o decreto-lei 36/2025 que limita o reconhecimento da cidadania italiana..

No Grande Expediente da sessão plenária desta terça-feira (22), na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado ítalo-brasileiro Fabio Porta falou sobre o decreto-lei 36/2025 do governo italiano, que limita o reconhecimento da cidadania italiana apenas até a segunda geração de descendentes, ou seja, filhos e netos de italianos nascidos na Itália. Ele considera uma medida injusta. Preocupada com a situação, a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) o convidou para atualizar os parlamentares sobre a situação.
Além de enaltecer a comemoração dos oitenta anos da Itália livre do nazismo e fascismo (em 25 de abril), o deputado falou sobre o erro na medida provisória para bloquear a concessão de cidadania italiana, apresentada segundo ele de uma forma hostil e mal planejado.
“Estamos trabalhando para reconhecer o erro, a injustiça dessa decisão. A lei vai contra os interesses no nosso País, que já tem déficit demográfico e não produz filhos. Precisamos dessas pessoas. Se não conseguirmos derrubar esse decreto, vamos trabalhar com emendas e modificações no parlamento. Precisamos também garantir o direito de quem já deu início ao processo”, declarou.
Segundo Fabio, a Itália possui uma dívida histórica enorme com o Brasil, uma vez que o país foi o único da América Latina a enviar tropas para ajudar na libertação da Itália. Além disso, ressaltou o sacrifício dos milhões de italianos que migraram e ajudaram a Itália a se reconstruir após a primeira e segunda guerra mundial. “Eles precisam ser valorizados, e não tratados dessa forma. Um decreto inconstitucional e antidemocrático”.
O decreto-lei 36/2025, inclusive, foi o tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná, no dia 10 de abril. Créditos: Orlando Kissner/Alep
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